7 de novembro de 2015

MEMÓRIAS DE UM SONHO EM CONSTRUÇÃO, O SUS ...

MEMÓRIAS DE UM SONHO EM CONSTRUÇÃO, O SUS ...
A elaboração do projeto “Saberes, Fazeres e Sabores” começa em 2012 por iniciativa da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde em Goiás (ANEPS-GO) com as parcerias da Universidade Federal de Goiás (UFG), do SindSaúde[i] e da Rede de Educação Cidadã/Goiás (Recid/GO)[ii], com o apoio da Secretaria de Gestão e Participativa /Ministério de Saúde (SGEP/MS).
O propósito é contribuir com o debate sobre a implementação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS) no estado de Goiás sendo acolhido como projeto de extensão na Universidade Federal de Goiás.
No contexto da 14ª Conferência Nacional de Saúde (14ªCNS) em 2011 e logo após a instituição da Política Nacional de Gestão Estratégica (ParticipaSUS), o ministro de saúde visibilizou a Política de Promoção da Equidade em Saúde com o conjunto de Políticas Nacionais de Atenção Integral das Populações Negra, da População do Campo, da Floresta e das Águas, da População LGBT, População em Situação de Rua, População Cigana e a Política Nacional de Educação Popular e Saúde, apontado para a constituição de Comitês de Promoção da Equidade em Saúde nos municípios e estado. 
O projeto  Saberes, Fazeres e Sabores realizou a sua 1ª Roda de Conversa em 02 de novembro de 2013, no Centro Cultural Cara Vídeo. Facilitada pelo professor Eymard (UFPB[iii]) com as presentes  da professora Fernanda (UFG[iv]), três educadores(as) populares da ANEPS e do MOPS[v],  estudantes universitários de enfermagem e de história da UFG.
A 1ª Oficina foi agendada para os dias 7, 8 e 9 de fevereiro PP, na Casa da Juventude Padre Bunier, em Goiânia.
O contexto em que insere esse projeto tem antecedentes que precisam  ser mencionados e cada um deles, por sua vez mereceriam ser detalhados. Citamos alguns:
Ø Contexto que antecedeu o Sistema Único de Saúde (SUS) quando da discussão do conceito ampliado de saúde e das movimentações populares nos anos 60-70;
Ø Centro Brasileiro de Saúde Coletiva e o Movimento da Reforma Sanitária - 1976;
Ø Conferência Mundial de Atenção Primária em Alma Ata - 1978;
Ø Movimento Popular de Saúde – Mops – 1978;
Ø Implantação do Programa de Assistência Integral da Saúde da Mulher - 1984;
Ø Carta de Ottawa, na I Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde -1986;
Ø Aprovação do Sistema Único de Saúde e seus princípios doutrinários e organizacionais, aprovados na 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986);
Ø Inscrição da saúde como direito de todos e dever do governo na Constituição de (1988);
Ø Rede de Educação Popular de Saúde – 1998;
Ø LOS Nº 8080/1990 – Lei Orgânica da Saúde que regulamenta o SUS e trata da promoção, proteção e recuperação da saúde e da organização e funcionamento das ações e serviços (1990);
Ø LOS Nº 8.142/1990 – Lei que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sistema e das transferências intergovernamentais de recursos;  
Ø NOBs-SUS - as Normas Operacionais Básicas são estratégia de descentralização para orientações específicas e pactuadas para reorganizar o modelo de gestão, com objetivos de alocar recursos, promover integração entre as três esferas de governo, promover a transferência para os estados e municípios das responsabilidades do SUS, iniciadas em (1991);
Ø NOB-SUS/1991 - alteração do critério de transferência automática para transferência negociada - criação da AIH - Autorização de Integração Hospitalar;
Ø Declaração de Santa Fé, em Bogotá destacando a autonomia das populações na II Conferencia Internacional sobre a Promoção da Saúde (1992);
Ø NOB-SUS/1993 – criação das Comissões Intergestoras Tripartites e Bipartite, criação de mecanismos de transferências fundos a fundo nos municípios (gestão semiplena), criação do Fator de Apoio ao Estado (FAE), criação do Sistema de Informações Ambulatorial (SAI);
Ø NOB-SUS/ 1996 – Dividir as responsabilidades entre as esferas, integrar e organizar o sistema; Piso de Atenção Básico (PAB)[vi]; Programa de Pactuação Integrada (PPI)[vii]; estratégias de mudança no modelo assistencial através do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PAC) e Programa da Saúde da Família (PSF)[viii]; Habilitação dos municípios a um tipo de gestão, fortalecendo a responsabilidade dos municípios através da transferência fundo a fundo. Resultado de amplo e participativo processo de discussão, que culminou com a assinatura da Portaria No. 2.203/1996;
Ø NOAS/SUS – Norma Operacional da Atenção à Saúde - baseia-se, no reconhecimento da regionalização em saúde fundamental para a consolidação dos princípios de universalidade, eqüidade no acesso e integralidade da atenção do Sistema Único de Saúde 2001;
Ø  GT de Educação Popular e Saúde /ABRASCO - 2001;
Ø  Carta de um coletivo da EPS ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – 2003;
Ø ANEPS - Articulação Nacional dos Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde – 2003;
Ø ANEPOP - Articulação Nacional de Extensão Popular  – 2005;
Ø 13ª Conferência Nacional de Saúde - as deliberações que contemplam estratégias e ações a fim de fortalecer a Educação Popular em Saúde - 2004;
Ø Tenda de Educação Popular Espaço Che, no Fórum Mundial de Saúde – 2005;
Ø Pacto pela Saúde com os seus 3 eixos: Pacto em Defesa do SUS, Pacto pela Vida e o Pacto de Gestão - 2006;
Ø Política Nacional de Gestão Participativa em Saúde  - Decreto nº 5.974/29 de novembro de 2006, ao aprovar a estrutura regimental do Ministério da Saúde (MS), nos artigos 26 e 27, define as atribuições da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa e atribuições do Departamento de Apoio à Gestão Participativa como uma das competências de propor, coordenar e apoiar a implementação da ParticipaSUS - 2006;
Ø Carta da Aneps para a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) reunião na Universidade de Brasília (UnB) – 2008;
Ø Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde/CNEPS – 2009;
Ø Decreto nº 7.507/2011 que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), sobre o planejamento da área de saúde, a atenção à saúde e a articulação interfederal, enfocando a movimentação de recursos federais transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, em decorrência das seguintes leis citadas:- Lei nº 8.080 /90; Lei nº 8.142 /90; Lei nº 10.880 / 2004; Lei nº 11.494, junho/2007; - Lei nº 11.692, junho/2008; e Lei nº 11.947 /09. Foi uma das inovações no marco regulatório do SUS. É nesse contexto que a PNEPS-SUS apresenta-se como uma contribuição aos esforços para erradicar a pobreza no Brasil. Para isso é imprescindível o fortalecimento do protagonismo popular na defesa dos direitos e garantias sociais e, é necessário intensificar a mobilização popular na defesa do direito à saúde, valorizar a diversidade cultural integrando os saberes populares ao cotidiano dos serviços de saúde. O contrato organizativo garantirá segurança jurídica, transparência e solidariedade entre os entes federado – 2011;
Ø 14ª Conferência Nacional de Saúde expressou a demanda pela a implementação de uma Política Nacional de Educação Popular - 2011;
Ø Processo histórico da Educação Popular tem com elemento inspirador a participação critica e integrativa do pensar e do fazer saúde; seus conhecimentos técnicos, éticos e metodológicos, no processo  atual de implementação do SUS;
ØPNEPS/SUS - Política Nacional de Educação Popular instituída pelo Ministério da Saúde, no dia 19 de novembro de 2013, através da Portaria Nº 2.761;
ØComitês: Nacional, Estaduais e Municipais de Educação Popular em Saúde - Os estados e municípios que aderirem à PNEPS-SUS precisão criar comitês locais com ações voltadas para EPS valorizando os saberes populares e reconhecendo a cultura local;

PERGUNTAS:
·       O que você sabe sobre o SUS?
·       O que você sabe sobre a participação popular no SUS?
·       Qual a relação do SUS com a Educação Popular em Saúde?
·       Como começou a Educação Popular em Saúde?

A PNEPS - SUS tem como intuito implementar a Educação Popular em Saúde no âmbito do SUS, contribuindo com a participação popular, com a gestão participativa, com o controle social, o cuidado, a formação e as práticas educativas em saúde. Desta forma, pretende-se promover o diálogo e a troca de práticas e saberes populares e técnico-científico, aproximando os sujeitos da gestão, dos serviços de saúde, dos movimentos sociais populares, das práticas populares de cuidado e das instituições formadoras.

São princípios orientadores da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde/PNEPS-SUS:
·       Diálogo,
·       Amorosidade,
·       Problematização,
·       Construção compartilhada do conhecimento;
·       Emancipação e
·       Compromisso com a construção do projeto democrático e popular.

Princípios Doutrinários do SUS:
·         Universalização
·         Eqüidade
·         Integralidade

Princípios Organizativos do SUS - tratam da formas de concretizar o SUS, na prática:
·         Regionalização e Hierarquização
·         Descentralização e Comando Único
·         Participação Popular


[i] SIndSaúde – Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde/GO 
[ii] Recid - Rede de Educação Cidadã: uma experiência de gestão político-pedagógico e administrativo-financeira compartilhada (em rede), que ocorre no âmbito do território brasileiro, a partir da articulação entre Estado e Sociedade Civil. Se propõe a articular a luta de entidades da sociedade civil que investem na diversidade de movimentos sociais e coletivos.
[iii] UFPB – Universidade Federal da Paraíba
[iv] UFG – Universidade Federal de Goiás
[v] MOPS – Movimento Popular de Saúde
[vi] PAB – Piso de Atenção Básica – consiste em um montando de recursos financeiros destinado ao custo de procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade municipal. Esse Piso é definido pela multiplicação de um valor per capita nacional pela população de cada município (fornecido pelo IBGE), e transferido regular e automaticamente ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios e, transitoriamente, ao fundo estadual, conforme condições estipuladas na NOB-SUS/1996
[vii] PPI – envolve as atividades de assistência e hospitalar, de vigilância sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo. Esse programa traduz as responsabilidades de cada município com a garantia de acesso da população aos serviços de saúde, quer pela oferta existente no próprio município, quer pelo encaminhamento a outros municípios, sempre por intermédio de relações entre gestores municipais, mediadas pelo gestor estadual - NOB-SUS/1996.
[viii] PAC e PSF – Programa da Saúde da Família (estratégia de mudança no modelo). O incentivo aos PSF e PCS estabelece um acréscimo percentual ao montante do PAB, de acordo com os critérios a seguir relacionados, sempre que estiverem atuando integrado à rede municipal, equipe de saúde da família, agente comunitário de saúde, ou estratégias similares de garantia da integralidade da assistência, avaliadas peo órgão do MS com base  em normas da direção nacional do SUS  - NOB-SUS/1996.



CARTA DA TENDA ORAIDA ABREU - SIGNIFICADOS E CRIATIVIDADES

CARTA DA TENDA ORAIDA ABREU - SIGNIFICADOS E CRIATIVIDADES

A Tenda de Educação Popular e Saúde ocorreu na 11ª edição do Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva na cidade de Goiânia entre os dias 27 de julho e 01 de agosto de 2015, homenageando Oraida Abreu. Em sintonia com as lutas de resistência política e cultural dos movimentos sociais em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), dos Direitos Humanos, da Democracia Participativa, da Diversidade Étnico-racial e Sexual. Foi um espaço aberto e dialógico de formação de vínculos e articulações políticas com desconstruções, reconstrução e aprofundamentos com a temática central do congresso: “Saúde, Desenvolvimento e Democracia: o Desafio do SUS universal”.
A militante Oraida Abreu foi homenageada pelas suas importantes contribuições política no âmbito da luta antimanicomial, na defesa da população quilombola, na luta contra as desigualdades raciais e de gênero. Atuou no Grupo de Mulheres Negras Malungas, na Articulação Nacional de Mulheres Negras, na Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e na Fundação Palmares. E foi uma das idealizadoras do Fórum Goiano de Saúde Mental.
A tenda acolheu mais de 700 pessoas, em momentos plenos de significados, gratidão, emoção e amorosidade, contou com diferentes lutas entre elas a arte, cultura e a política, ao incluírem, por exemplo, o Bloco Desencuca e Banda Delírios do Cuca, performances teatrais e oficinas de práticas de cuidados em saúde.
O Varal sobre violações e garantias de direitos oportunizou a expressão e reflexão de situações vivenciadas no cotidiano da luta pelo direito à saúde e direito à manifestação dos movimentos sociais.
A Plenária Livre, estratégia inovadora vinda da 15ª Conferência Nacional de Saúde, também possibilitou o debate crítico das questões relacionadas à saúde coletiva no país. Intitulada 15ª Conferência Nacional de Saúde - Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro e evidenciou a necessidade da radicalização da participação popular por meio do controle social.
A Plenária sobre Reforma Política e Participação Democrática e Popular apresentou a conjuntura política atual com destaque para a ampliação da luta e mobilização dos movimentos sociais contra a atuação conservadora do legislativo, judiciário que ameaçam os direitos da classe trabalhadora, seu direito à saúde e a expressão da diversidade religiosa e sexual.
A privatização do SUS na contramão da democracia participativa e da valorização do trabalho foi uma plenária que possibilitou o levantamento das dificuldades vivenciadas pela população e trabalhadores/as com o sucateamento dos serviços e cujas gestões foram entregues para organizações sociais, fundações de direito público ou privado e ao capital estrangeiro. Um dos encaminhamentos desta plenária foi à realização de um Ato em Defesa do SUS com uma marcha fúnebre e enterro simbólico das desigualdades sociais e a denúncia das iniciativas governamentais que comprometem o Direito à Saúde como a PEC 451/2014[1], o PLC 30/2015[2] (antigo PL4330), a EBSERH[3], o Artigo 142 da lei 13.097/2015 que alterou a Lei 8080/90 e permitiu a participação do capital estrangeiro na assistência à saúde.
A oficina para a construção de um pequizeiro[4] sintetizou e sintonizou as nossas utopias para seguimos firmes na luta pelo direito à saúde, à vida e a defesa do SUS. As rodas de diálogo trataram do desafio para a consolidação e capilarização das Políticas de Equidade no SUS e da Política Nacional de Educação Popular e Saúde. Foi elencada a importância da inserção da educação popular como estratégia e comprometimento com a população por parte das instituições formadoras de saúde, com ênfase nas transformações das relações de poder, gênero, étnico-raciais e territoriais estabelecidas pelo modelo hegemônico.
A roda sobre as Políticas de Práticas Integrativas, Educação Popular e Saúde e inclusão produtiva, problematizou o excesso de ações de fiscalização sobre os pequenos produtores e pessoas que exercem práticas integrativas populares de cuidados com a saúde.
Nos lançamentos da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares, do Almanaque do Agente Comunitário de Saúde foram apresentadas as ações da Frente Goiana contra a Privatização da Saúde.
A Tenda Oraida Abreu recebeu Carlos Rodrigues Brandão, que em uma roda de “cultura popular” com a participação de Albineiar Plaza Pinto e Gil Santini Pinto, partilham memórias de ações vivas da educação popular na Diocese de Goiás com D. Tomas Beduíno e os trabalhadores e trabalhadoras rurais, relembrando a cartilha Lamparina e o relatório de pesquisa participante Meio Grito[5].
Xs participantes da Tenda Oraida Abreu reafirmam:
ü  A defesa do SUS 100% público com gestão Estatal.
ü  A ampliação da participação popular no SUS para além dos conselhos de saúde.
ü  A contratação de trabalhadores e trabalhadoras da saúde por meio de concurso público pelo Regime Jurídico Único.
ü  Recriação das Comissões Locais Integradas de Saúde (CLIS).
ü  Ocupação pelos movimentos populares em todos os espaços de poder na produção de conhecimento valorizando e respeitando todos os saberes e fazeres.
ü   Financiamento de ações de pesquisa e extensão acadêmica e popular, incluindo os movimentos populares deste o processo de elaboração de editais até a execução e avaliação.
ü  Distribuição de um kit sobre todas as políticas de equidade e educação popular por parte do Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde da Secretaria de gestão estratégica e Participava do Ministério da Saúde e Secretaria Geral da Presidência da República.
As contribuições políticas da Tenda Oraida Abreu para as Politicas Públicas de Equidade e de Educação Popular anunciam e concretizam as possibilidades propostas e realizadas pelo atual governo brasileiro articulado com os Movimentos Sociais Populares comprometidos com o SUS, tendo metodologia que revelavam teorias e práticas de Educação Libertadora. 
Assinam este documento:
Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde - Aneps
Articulação de Nacional de Extensão Popular – Anepop
Grupo de Trabalho de Educação Popular da Abrasco
 Movimento Popular de Saúde de Goiás
Comitê Nacional de Educação Popular e Saúde - CNEPS
Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB
Fórum Goiano de Saúde Mental - FGSM
Frente Goiana Contra a Privatização da Saúde - FGCPS
Centro Brasileiro de Estudos em Saúde - CEBES
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra - MST
Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB
Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde – Sindsaúde/Go
Centro de Formação e Pesquisa em Juventude – Cajueiro
Aldeia Indígena Povo Xavante - Barra do Garças, Mato Grosso
Quilombo CEDRO – Mineiros, Goiás
Rede de Informação e Ação pelo Direito a se Alimentar - FIAN
Fórum de Educação popular - FREPOP
Professores da Universidade Estadual de Goiás - UEG
Professores da Universidade Federal de Goiás - UFG
Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
Movimento Estudantil da UFMT
Movimento Estudantil da UFG
Conselho Regional de Serviço Social - Go
Movimento Fé e Política
Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Rede de Médicos Populares Brasil
Central Única dos Trabalhadores
Movimento de Direitos Humanos
Conselho Nacional de Saúde – CNS
Goiânia, 01 de agosto de 2015.



[1] Proposta de Emenda Constitucional  que Insere inciso XXXV e altera o parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal.
[2] Dispõe sobre os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrentes e regulamenta os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrentes.
[3] Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares criada medida provisória nº 520 de 31 de dezembro de 2010.
[4] O Pequi (Caryocar brasiliensis), árvore símbolo do Cerrado produz um fruto que serve como alimento, na medicina caseira e extração de óleo. A palavra pequi é de origem indígena Suruí, significa "casca espinhosa". No Centro Oeste e em Minas Gerais, a sua exploração constitui importante ocupação para inúmeras famílias camponesas, quilombolas, indígenas e ribeirinhas que têm essa cultura como fonte de trabalho e renda. As árvores podem chegar até sete metros de altura e produzem de 500 a 2000 frutos. É uma das árvores símbolo do Cerrado, que após as queimadas ressurge das cinzas com brotos, folhas, flores e fruto.
[5] Era uma mobilização social de trabalhadores rurais do interior de Goiás (Cidade de Goiás, Itaberaí, Itaúçu, Itapuranga, Itaquarú, Mossamedes, Carmo do Rio Verde, Uruana, Ceres, Rialma e outras), na década de 70, cujo símbolo era uma lamparina. Que sob as bênçãos da Diocese da Cidade de Goiás, o Bispo D. Tomás Balduíno junta-se na luta pelo direito à saúde. Lamparina era o nome de  uma cartilha, que explicava a metodologia para iluminar os caminhos. A mobilização social era Meio Grito, pois o grito inteiro é onde se ia chegar.

17 de julho de 2015

TENDA ORAIDA ABREU

Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva - ABRASCO.
27, 28, 29, 30, 31 de Julho e 01 de agosto de 2015.
Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás - UFG.
Articulação de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde - Aneps
Movimento Popular de Saúde de Goiás – MOPS/Goiás

A Tenda da Educação Popular e Saúde tornou-se uma cultura no 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva- 11º Mundial de Saúde em 2006 no Rio de Janeiro onde recebeu o nome do mestre Paulo Freire.  Na 11ª edição do ABRASCO em julho em 2015 em Goiânia, a tenda da Educação Popular e Saúde irá homenagear Oraida Abreu, por sua incansável atuação na luta pela promoção dos Direitos Humanos.

O ABRASCO 2015 tem como tema: Saúde, Desenvolvimentos e Democracia: o Desafio do SUS universal. Para os militantes da Educação Popular e Saúde o Desafio do SUS universal tem sido uma constante preocupação, já que nos últimos tempos vem surgindo desenhos e arranjos estranhos a seus princípios constitucionais do SUS construídos por longa trajetória de existência e luta. Desenhos e arranjos que revelam modelos privatizantes de gestão que são uma ameaça à descaracterização do SUS constitucional e abre caminho para a mercantilização dos direitos a saúde.

A Tenda Oraida Abreu, nos oportuniza discutir a democracia e os processos emancipatórios dos sujeitos para que possam repensar suas práticas sociais, culturais e políticas. Consoante a essa ideia busca-se a construção de estratégias políticas e ações que favoreçam a efetivação da Politica Nacional de Educação Popular e Saúde no SUS (PNEPS - SUS), as políticas de equidade, as práticas integrativas e de inclusão produtiva.

A Educação Popular em Saúde entende que os seus princípios fundamentais devem estar presentes em todas as ações de saúde, pois eles são princípios basilares para avançarmos na formação da consciência crítica, à cidadania participativa, ao respeito às diversas formas de vida, à superação das desigualdades sociais e de todas as formas de discriminação, violência e opressão. A educação popular entende que a  conjunção de saberes, conhecimentos, vivências e práticas, geram novas pedagogias que contribuem nos processos terapêuticos de cuidado, promoção, prevenção e vigilância em saúde. 

Com essa discussão/ação almeja compartilhar e integrar os diversos saberes e conhecimentos no campo da saúde promovendo o diálogo com gestores, trabalhadorxs por entender que são eles que conduzem as relações institucionais em seus territórios riscos e plurais em diversidade étnica, de gênero, de religiosidade e cultura, de produção, comercialização e relações com a terra e o mundo do trabalho.

Estamos aqui no cerrado, onde as flores brotam das cinzas. Aqui Cora Coralina ensina: ‘ Recria tua vida, sempre. Remove pedras e plante roseiras e faz doces. Recomeça... Esta fonte é para o uso de todas os sedentos. Toma a tua parte”. Participa também você e tragam elementos da mística, da cultura, das artes, da religiosidade e das práticas de cuidado os saberes em saúde, banner, artesanato, alimentos, fitoterápicos e produtos da economia solidária e etc... 


A tenda Oraida Abreu também será regada pela arte de diversos grupos populares, entre ele, o Centro de Convivência Cuca Fresca, Associação dos usuários de Saúde Mental de Goiás, Bloco Desencuca e Delírios da Cuca. 

PROPOSTA DE PROGRAMAÇÃO
27/7 (Segunda-feira)
14:00
Acolhimento dos movimentos e práticas e montagem da Tenda Oraida Abreu.

Todos e Integração com o Bloco de percussão Desencuca e Delírios do Cuca
28/7 (Terça-feira)
8:30
Práticas de cuidados coletivas

9:00
Construção de um varal comunicativo sobre violações de direitos e experiências práticas referentes às Políticas de Equidade, Educação Popular e Saúde.
Aneps Goiás
Ouvidoria do SUS- MS
Movimentos da Via Campesina
Movimento de Mulher
Movimento LGBT
Kelly Alves – Ministério da Cultura
Grupo Cajueiro
12:00
Almoço

14:00 - 17:30
Plenária Livre 15ª Conferência Nacional de Saúde. Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro.
Maria do Socorro – Conselho Nacional de Saúde
Judite Rocha - Movimentos dos Atingidos por Barragem
Venerando Lemos – Conselho Estadual de Saúde
Anastácio Peralta – Indígena Guarani Kaiowá - Mato Grasso do Sul
17:00

Albineiar
Dia 29/7 (Quarta-Feira)
8:30
Práticas de Cuidados Coletivas

9:00 - 12:00 

PLENÁRIA LIVRE - Reforma Política e Participação Democrática e Popular
Movimento de Direitos Humanos
RECID Goiás
Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva Soberana do Sistema Político
12:00
Almoço

14:00 -15:45
RODA DE DIALOGO - Política Nacional de Educação Popular e Saúde e as Políticas de Equidade no SUS.
Osvaldo Bonetti Comitê de Educação Popular e Saúde -MS
 Luiz Gustavo - Aneps MT
Gislei - Coletivo de Saúde do MST
Kelly Alves – Ministério da Cultura
Juditi
16:00 - 17:45
Oficina de Florais
Aneps MT Marlene
18:00
Círculo de cultura sistematizando o debate, pensar a Carta da Tenda Lançamento de materiais diversos: de Livros, vídeos, cadernos, cartilhas, etc.
Aneps/Go
Aneps/Pe
Aneps/MT
Dia 30/7 (Quinta-feira)
8:30 - 9:00
Práticas de cuidado coletivo e religiosidade.
Anastácio Peralta – Indígena Guarani Kaiowá - Mato Grasso do Sul, D. Francisca América dos Reis MOPS/Go,
Sonia Maria Ferreira Grupo de Mulheres Malungas
9:00 -12:00
PLENÁRIA LIVRE - A privatização do SUS na contramão da democracia participativa e da valorização do trabalho

Frente Goiana contra a privatização
Sindsaúde Goiás
Conselho Nacional de Saúde
12:00 – 14:00
Almoço


14:00 - 15:45
Oficinas de práticas de Fitoterapia
Francisca América dos Reis MOPS/Go e José Vicente Fundação Pacari
16h a 17:45
Conversa sobre pesquisa e trabalho – Almanaque do Agente Comunitário de Saúde
Helena Davi -
18:00 - 19:00
Círculo de cultura sistematizando o debate, pensar a Carta da Tenda

Dia 31/7 (sexta-feira)
8:30 - 9:00
Acolhimento com práticas de cuidado coletivo dança sagrada

Kelly Alves – Aneps Goiás

9:00  - 12:00
RODA DE DIÁLOGOS – Formação Acadêmica, Extensão Popular, Cultura, Práticas de Ensino, Pesquisa e o trabalho em Saúde. 

Facilitadores  -  Pedro Cruz  - Anepop
 - CA-Medicina UFG,
Jacqueline Lima Rodrigues – Enfermagem UFG
Professora Maria  Goretti
Cristiane Cebes/Go
Jose Carlos Leite – Filosofia UFMT
Luiz Gustavo – Estudante UFMT
Anastácio Peralta – Indígena Guarani Kaiowá
Judite Rocha MAB
Gisley Setorial de Saúde MST
12:00 - 14:00
Almoço

14:00 -15:45
RODA DIÁLOGOS - Transformando o modelo de saúde: Políticas de Práticas Integrativas, Educação Popular e Saúde e inclusão produtiva.
Anvisa,
Ministério da saúde
Visa Goiânia,
Visa Estadual,
MST Gislei Siqueira
Kelly Alves – Ministério da Cultura
Fórum da Agricultura Familiar
Cecane  - Veruka
16:00 as 17:45
Oficina de práticas Reiki
Vera Lúcia Dantas e GT de Educação Popular da Abrasco
Simone Batista Leite - Mops Sergipe
Dia 01/8 (Sábado)

Corredor do Cuidado


Roda final de sistematização e Avaliação,
Aprovação da Carta de Goiânia com as deliberações da Tenda Oraida Abreu.
Aneps Goiás
Grupo Cajueiro
Mops Goiás

Avaliação



ESTRUTURA NECESSÁRIA
EQUIPAMENTOS
Quant.
VALOR
PARCEIROS
Tenda aberta (12X12)
1
 1
Sindsaúde
Ponto de Energia

Lâmpadas

Cadeiras
200

Sindsaúde
Mesas
20

Sindsaúde
Folder
2000

?
Aparelhagem de Som
1
         3.000,00
Eldorado dos Carajás pedir o son
Passagens Terrestres
40
2.000,00
ABRASCO
Alojamento
50

ABRASCO
Inscrições
50

ABRASCO
Alimentação
500
5.000,00
?
Agua em garrafão
50
250,00
?
Café -10 garrafas
5 litros
500,00
?
Chá - 10 garrafas
5 litros
200,00
?
Chitas e matérias para mística, banners


Ministério da Saúde